quarta-feira, 15 de maio de 2013

Depressão, sono ruim e poluição são fatores de risco para o coração




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 Pressão e colesterol altos e fumo são vilões conhecidos da saúde cardíaca. Médicos explicam, no entanto, que há outros fatores inimigos do coração. 

Pressão alta, colesterol alterado, sedentarismo e cigarro são inimigos já conhecidos da saúde do coração. No entanto, o cardiologista Roberto Kalil explicou que existem outros fatores que podem aumentar o risco de problemas cardíacos, como por exemplo, depressão, sono ruim e até mesmo a poluição.

No caso da depressão, há uma relação com doenças cardíacas, tanto de causa como consequência, como explicou o psiquiatra Daniel Barros. Isso porque, quando a pessoa fica ansiosa ou deprimida, as taxas de cortisol, hormônio do estresse, ficam muito altas por muito tempo, sendo que o normal seria que elas ficassem altas apenas em momentos necessários, como por exemplo, se ela precisa escapar de um acidente.

Fora isso, para aumentar ainda mais o risco, quem sofre de algum desses distúrbios geralmente costuma dormir mal ou ter maus hábitos de vida, como cigarro, má alimentação e sedentarismo, todos agravantes para a saúde cardíaca.

Os efeitos desses maus hábitos, inclusive, podem se assemelhar também aos efeitos da poluição - segundo o patologista Paulo Saldiva, a poluição deixa os vasos mais estreitos e pode até causar uma inflamação, mesmas consequências do fumo para o coração. Além disso, o estresse do trânsito e poluição também pode levar a pessoa a dormir mal e levar um estilo de vida ruim.

Os médicos explicaram, inclusive, que o sono ruim prejudica a produção de hormônios que protege o coração, como melatonina e corticoides. Além disso, quem tem apneia do sono, por exemplo, e costuma acordar várias vezes à noite pode ter também um aumento da pressão arterial e uma alteração nos batimentos cardíacos, como alertou o patologista Paulo Saldiva.

Uma das dicas para melhorar o sono é praticar atividade física, recomendação unânime dos especialistas. Uma medida que já pode ajudar bastante é abandonar o uso do carro já que as horas perdidas no trânsito são horas de sedentarismo - segundo o patologista, ao trocar o transporte público por um veículo, em média, a pessoa deixa de andar 4 quilômetros por dia e, para um homem de 60 kg, por exemplo, isso significa engordar 0,5 kg por mês.

Doenças cardíacas são um problema da vida moderna?
A repórter Marina Araújo foi conversar com o cardiologista Gregory Thomas, coordenador de um estudo que analisou múmias para descobrir se, antigamente, as pessoas já tinham doenças do coração. A descoberta foi uma surpresa - nas artérias das múmias, foram encontradas obstruções e calcificações.

De acordo com o cardiologista, no entanto, a causa do problema não são maus hábitos alimentares ou obesidade, como hoje em dia. Gregory Thomas acredita que as placas de gordura nas artérias façam parte do processo de envelhecimento, assim como as rugas. E, da mesma maneira, é importante se preocupar com a prevenção, mantendo um estilo de vida com dieta saudável e exercícios físicos.
 

Dieta nostra
Um dos fatores de risco para a saúde de coração é o colesterol alterado. No caso do Rodrigo, personagem do quadro 'Dieta nostra', o problema estava começando a preocupar e ele precisou mudar a alimentação imediatamente.

Além disso, ele passou também a fazer exercício físico, como mostrou a reportagem no Bem Estar desta terça-feira (14). O que iniciou como uma simples caminhada logo virou uma corrida no parque e Rodrigo conta que os reflexos em seu dia a dia já começaram a aparecer, principalmente em relação a seu fôlego.

Matéria publicada em portal Bem Estar

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